domingo, 1 de agosto de 2010

Queda da pobreza


Queda da pobreza é mantida mesmo em meio à crise, diz economista
Publicidade


ANTONIO GOIS
da Sucursal do Rio

O percentual de pobres caiu de maneira sustentável no Brasil entre 2004 e 2008, e, mesmo com a crise financeira internacional, o movimento provavelmente não foi interrompido em 2009, de acordo com a economista Sonia Rocha, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade.

Ela apresentou pela manhã, no 22º Fórum Nacional, um estudo com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, que mostra que a proporção de pobres no país caiu de 33,2% para 22,9% no período pesquisado.

O fator que mais contribuiu para a queda foi a melhoria da renda do trabalho e o aumento do salário mínimo. No caso apenas das famílias pobres, no entanto, a economista mostra que o peso das transferências de renda no orçamento total familiar aumentou de 10% para 18%.

Isso não significa, disse ela, que a melhoria da situação financeira dos pobres se deu apenas por causa de transferências de renda. O peso da renda do trabalho ainda representa 71% do orçamento familiar desse grupo. O que o dado mostra é que as transferências cresceram em ritmo superior aos salários e demais rendas do trabalho.

Como os dados consolidados de 2009 só serão divulgados em setembro, ainda não é possível saber se o movimento de redução da pobreza teve continuidade. A economista, no entanto, aposta que a queda deve ter continuado, já que houve melhoria do salário mínimo, aumento das transferências de renda, e a crise, no período de coleta da pesquisa do IBGE (setembro), já havia passado por sua pior fase.

Nenhum comentário: